Não poderia dizer que sentimentos aparecem apenas para significar o
"momento" ou a situação que engloba um único - determinado e
exclusivo - ser.
Recordo-me ao passado: inocente adolescência de amores bobos, meninos de um
lado e meninas de outros. Ah quantas lembranças.
Quando criança sabia eu identificar esse tal do "amor"? Creio até
que sim.
Porém, quase 18 anos após breve início do tal amor, sinto-me completo.
Toda a magia e a fantasia de estar unida a outra alma, não apenas
materialmente falando (esse detalhe é importante, pois ressalto: estamos
conectados dentro deste plano não-terrano) está cada vez mais explícita ao meu
ideário.
Breve o começo que, pós-partida, houve uma pequena saudade. Cedo? Talvez.
Eterno? Sim.
Posso não ser o melhor dos humanos, mas estúpida é minha forma diante da
tua. Estupefato, até. Pois, em qual plano sentira eu tanto amor por outro ser
que, além de me alienar do mundo quando me acompanha me fascina de beleza aos
olhos meus pela sua imagem?
Agradeço.
Agradeço a esta retomada da minha bio, com direito a percepção do mundo que
habito graças à simplicidade da relação entre dois seres que meu eu lírico distingue
como a “unicidade do ser”. Não dedico este escrito apenas aos momentos do nosso
“ser-único”, mas sim àqueles momentos em que podemos contar um com o outro, e saltamos
do carinho e da paixão ao ombro amigo.
Grato fica meu ser.
Obrigado por estar comigo. Por me completar.